sábado, 3 de abril de 2010

Revolução Nata (3ºA - 2010)

O que aconteceu no dia 17 de março de 2010, no 3º ano A do ensino médio do colégio Consolata só pode ser chamado de Revolução, a Revolução Nata (3ºA).

Tudo começou, aproximadamente, no dia dez de março quando o professor Otávio marcou uma prova. Porém, para que tudo faça sentido, são necessárias algumas informações por trás da história, e falando em história relatarei tudo aqui em tópicos, como um capítulo de livro dessa matéria (ou quase).

A Agenda

Na época dos fatos aqui relatados os futuros revolucionários estavam em uma fase de preparação para a faculdade, no ano em que eles precisavam estudar de verdade, tudo o que não estudaram durante a vida toda para garantirem o leitinho das crianças (frase adaptada das aulas de matemática). Logicamente, não era essa a minha preocupação, afinal não pretendo ter filhos, além do fato de que ser rica está nos meus planos. Mas tudo bem, essa história não deve focar diretamente em mim e no que eu pretendo para o meu futuro, ainda tão incerto. Então, a prova anteriormente mencionada foi marcada com uma com sete dias de antecedência, porém para uma semana que prometia ser uma verdadeira confusão para todos, com os seguintes compromissos:

3ªf: prova de inglês e prova de geografia;

4ªf: prova de biologia e entrega do trabalho de biologia;

5ªf: prova de física.

Sei que isso depõe contra a ideia que defenderei aqui, mas eu só estudaria, entre essas cinco provas, para a de biologia, e precisava terminar o trabalho da mesma matéria. Bem, e o Ale me obrigou a estudar para a prova de geografia, que estava marcada para ser em dupla (contudo, eu esqueci o livro de geografia no armário e meu caderno tinha apenas uma folha, então eu não estudei tanto assim). Agora, para me defender, direi que a matéria de biologia era simplesmente impossível, pois a vovó não tinha explicado muito, acho que por causa do trabalho, que ninguém entendeu como deveria ser feito, então o professor Otávio faz o que? Marca a data da prova dele, de um capítulo de quinze páginas para 4ª feira, é lógico!

Com isso, todos os alunos prontamente pediram, imploraram, berraram para que ele mudasse a data, afinal seria improvável que alguém ao menos lesse o capítulo se a prova realmente fosse nesse dia. Acredito que seja óbvio, mas devo dizer que ele não atendeu as nossas preces, e a prova estava confirmada para quarta-feira.

Percebendo a inflexibilidade de nosso professor de história, achamos melhor recorrer ao amor de nossa querida vó Aldinha, professora de biologia, para ver o que ela poderia fazer para nos ajudar, mesmo sabendo que sua prova estava marcada a mais de um mês e não havia obrigação alguma da parte dela de ceder, porém ela prontamente adiou o trabalho, aliviando um pouco nossos problemas, mas isso ainda não era suficiente, pois o grande causador no tormento ainda sairia impune. Algo deveria ser feito.

Matéria de Biologia e Aulas de História

Existe uma razão clara e lógica para todos temerem ambas as provas. A prova de biologia tinha o problema já mencionado aqui, a matéria impossível, chamada ‘A Biologia do Desenvolvimento: Embriologia Animal’. Para deixar todos informados do que isso significar, irei me conter apenas relatando algumas das palavras dessa matéria: telolécito, blástula, anfioxo, trofoblasto, clivagem, mórula, meroblástica, blastóporo, notocorda, entre muitos outros dos quais vocês serão poupados. E não basta saber os nomes, óbvio, precisaríamos também saber suas funções, quando aparecem, do que são originados, o que originam, qual a importância, em quais animais ocorrem... Acho que está claro qual a dificuldade dessa prova, então passarei para os problemas com a de história. O que afligia a maior parte da sala era o fato deles não terem prestado atenção em nenhuma aula, ocupados em conversar, zuar e dormir. Já o meu medo, era outro bem diferente, já que eu tinha prestado atenção nas aulas, feito anotações e perguntado (e zuado, claro, principalmente o Luis Carlos Prestes, apelidado carinhosamente de Arregão). O que acontece é que a gente já tinha feito outra prova, onde havia caído apenas metade da matéria dessa, e foi em dupla e com consulta. Eu, sabendo bem toda a matéria, tirei 6. Ai é que moravam as minhas preocupações, nesse 6 com consulta. Eu sabia que essa prova estaria pior, e as chances de eu tirar uma nota melhor eram bem pequenas.

As idéias

Quando a Nata tem um problema como esse logo começam a surgir idéias espalhadas pelos alunos, nesse caso não foi diferente e logo todos já tinham falado, pensando ou ouvido a principal: ‘Não vamos fazer a prova’. Porém na terça-feira nada estava certo, exceto o que todos já sabiam, ninguém pretendia estudar história, apenas biologia (alguns nem isso) e mesmo assim era pouco provável que as notas fossem boas, devido às dificuldades encontradas nessa matéria e em suas palavras. Então, todos nos retiramos para nossos lares, estudar ou pensar no que fazer.

A Preparação

Infelizmente, meu tempo era curto, afinal sai da escola 11hrs, mas às 13hrs deveria estar de volta para o teatro, de lá iria para o inglês, tendo minha volta para casa prevista para as 17hrs. Bem, eu tinha aproximadamente duas horas para almoçar e aproveitar ao máximo antes do teatro, e foi o que eu fiz: cheguei em casa e dormi. Isso mesmo, afinal, isso aumentaria meu rendimento durante o resto do dia (independente disso, eu estava com sono, muito sono).

Almocei e voltei pra escola. O teatro correu bem, e o inglês idem, contudo, após a aula, tive uma curta conversa com a Carol, que já tinha estudado um bocado e mostrou-me seu resumo de palavras difíceis das duas primeiras folhas. Eu ainda não tinha o menor conhecimento sobre a matéria que cairia na prova, então foi um choque tremendo quando descobri que seria muito improvável que eu conseguisse decorar alguma coisa, mesmo assim, não desistiria da nobre tarefa antes de tentar, nem que fosse só um pouco.

Resolvi fazer um resumo bem didático, ou melhor, bem resumido, isso sim, pois meu resumo se resumia [nossa o.O] nas palavras difíceis e em suas funções, origens, entre outros. É lógico que eu não acreditava ter absorvido matéria alguma, mas mesmo assim, quando terminei de resumir o capítulo, fui “estudar” história. Usei o índice do livro para descobrir quais as páginas do capítulo e fui até elas. Tratando-se de um capítulo de quinze páginas, era evidente que eu não leria tudo, afinal passava das 22hrs e eu não queria ir dormir tarde, então comecei a ler no meio de um parágrafo bem no fim do tópico que precedia o da ‘Coluna Prestes’ e notei que a história relatada no livro era diferente da contada em sala pelo professor, e isso me desanimou demasiadamente, fazendo com que eu apenas folheasse o capítulo, sem nenhuma esperança de aprender aquilo. De repente, lembrei-me do ‘Samba do 3ºA’ e pensei: ‘Uma música? Isso pode dar certo’.

O Dia

Finalmente, o grande dia chegou. A primeira aula foi logo a de biologia, então fizemos a prova e, sinceramente, não achei que estava tão difícil. Tinha apenas uma questão com os desenhos, onde era necessário nomear o tubo neural, a mesoderme, a ectoderme e o arquêntero, e eu não acertei nenhum deles. Mas tudo bem, afinal eu já recebi a prova e posso dizer que eu tirei 7,5 (valia 8) e eu tirei 2 no trabalho que a vó adiou para a semana seguinte, garantindo uma nota 9,5 em uma matéria que eu mal aprendi. Então, chegou a hora de pensarmos na aula de história, que seria a quinta.

A segunda e a terceira aula eram uma dobradinha de matemática e pediram à professora que ela desse um tempo para que estudássemos, e ela aceitou exigindo apenas terminar a correção de três exercícios e explicar uma matéria nova, totalizando aproximadamente meia hora. Quer dizer, dos 100min que ela teria aquele dia, estava dando-nos para estudar outra matéria 70min, isso mesmo, 70% de sua aula. O compromisso não concretizou-se, pois houve muita conversa, o que atrasou a aula e fez com que ela precisasse de mais tempo, mas mesmo assim, tivemos mais de uma aula de folga. Folga que eu aproveitei para exibir a ideia que invadira minha mente na noite anterior, e essa foi aprovada pela Nata e logo, colocada em prática.

A música foi escolhida aleatoriamente, Mamonas Assassinas - Sabão Crá Crá, e então a nova letra já estava sendo formulada, com o nome ‘Oh não, Tatá’. Terminada, tínhamos o intervalo e uma aula para que todos soubessem a música, porém isso não mudava o fato de ninguém ter conhecimento suficiente para fazer a prova e pouco provavelmente ela seria adiada com uma paródia feita em vinte minutos por adolescentes. Algo mais precisava ser planejado durante aquele intervalo, ou rosquinhas choveriam. Será então que seria caso de usarmos a ideia antiga de não fazer a prova? Foi o que começamos a cogitar, chegando a alguns empecilhos, por exemplo, nem todos apoiariam o movimento. Será mesmo que haveria resistência de alguma parte da sala? Afinal, todos pareciam desesperados pelo adiamento da atividade avaliativa que se aproximava. Resolvemos falar com os grupos mais “afastados” da nata, que não participavam das reuniões sobre o assunto e percebemos que a resposta de todos era a mesma: ‘se ninguém fizer tudo bem, eu não faço’. Ótimo, então ninguém faria, mas qual seria o esquema? Receber a prova e entregar logo em seguida? Não daria certo, pois ele teria tempo para nos obrigar a fazê-la. Simplesmente pegar a prova e não fazer nada e depois de um tempo entregá-la? É, parecia o mais viável no momento. Novamente todos foram notificados e ficou combinado.

Minutos finais

Faltando pouco para o fim da aula antecedente à tão esperada, foi resolvido escrever a letra na música na lousa, para que todos, inclusive os que não tiveram acesso a mesma, pudessem cantar. Porém a cantoria não deveria ser instantânea, deveríamos esperar pela possibilidade de um milagre, esperar que ele entrasse na sala e dissesse: ‘a prova não será hoje’. Caso contrário, todos tinham a obrigação de cantar o mais alto possível, sem a preocupação com o tempo, afinal não faríamos nada durante o resto da aula. Mas, e se ele percebesse e nos obrigasse a fazer a prova? Como medida preventiva, um grupo de alunos, que me inclui, resolveu separar uma folha para servir como rascunho. Nela faríamos a prova normalmente e, se fosse preciso, passaríamos a limpo nos últimos minutos da aula, na esperança de garantir uma nota três. Olhando para lousa, estava a letra da música a pouco inventada por mim e a Nata, de repente, o sinal fez-se ser ouvido, e um medo terrível correu pelo meu corpo, como um pressentimento de estar prestes a cometer um erro.

Explosão

A professora de Língua Portuguesa partiu pela porta, e faltava pouco para que nosso oponente pusesse-se diante de nós, para a tão esperada batalha. Devido a uma demora maior que a necessária por parte do professor, começamos a ficar inquietos, e eu deu uma olhada pela janela enquanto todos resolvíamos os detalhes finais: um só fala, não esquece de falar que ele vai dar a prova pro 3ºB semana que vem, ele podia ter passado o filme na aula dele e deixado a prova pra depois (isso mesmo, ele pegou duas aulas de outros professores para passar o filme ‘Olga’, que deve dizer é o melhor filme nacional ou baseado em fatos reais que eu já vi, porém que poderia, e inclusive deveria, ter sido passado nas aulas de história, possibilitando assim que a prova fosse na semana seguinte, mas ninguém quis ouvir nosso apelo). Olhando para o corredor notei o inimigo conversando ao longe, e logo ele estava vindo na direção da nossa fortaleza. Dei o aviso à sala, repleta de apreensão, que colocou-se em silêncio, aguardando o momento decisivo. Ele entrou e olhou em nossa direção, então a pergunta foi feita: ‘a prova vai ser hoje?’ a resposta recebida foi a tão temida e esperada, servindo de sinal para o início da cantoria, que foi rudemente interrompida pela presença da coordenadora à porta.

Novamente em silêncio, todos começaram a se entreolhar enquanto o professor entregava as provas, alheio ao motim que se formava. Era necessária apenas uma olhada e uma balançada de cabeça para termos certeza de que ninguém faria a prova. Com meu rascunho em mãos, comecei a ler a prova sem nome situada sobre minha mesa, li e reli a primeira pergunta, que era enorme, sem descobrir o que, afinal, a questão indagava a mim, impossibilitando a escolha da alternativa correta. De qualquer forma, antes que eu tivesse a chance de ler as alternativas, minha atenção foi tirada pelo comentário: ‘olha a Letícia lendo a prova pra ver se sabe alguma coisa’. Eu ri e respondi: ‘é, eu não consigo nem entender o que ta perguntando aqui’. Tentando voltar a minha inútil leitura notei, ao longe, pessoas querendo desistir da nobre causa que apoiávamos. Revoltei-me virando ao fundo da sala e respondi aos que perguntavam: ‘Não vamos fazer a prova, não podemos. Eu não sei nada!’. Novamente, ri seriamente. Até que o professor parou de dar seus avisos baixou sobre fazer a prova e disse em alto e bom som: ‘Quem não vai fazer a prova coloca o nome, entrega e pode sair da sala’. Era agora ou nunca. Ou alguém fazia alguma coisa naquele momento, ou teríamos que nos render a uma nota baixíssima. Fitei meus companheiros, alguns tentando convencer-me a fazer a prova com o olhar, até que encontrei quem eu precisava: minha amiga de tantos anos, Esther, estava claramente revoltava com a situação, e nem um pouco disposta a fazer aquela atividade. ‘É ela’ pensei e logo comecei a gritar seu nome, para atrair a atenção daquela tão distraída garota e, tendo seus olhos dos meus, disse: ‘Vamos sair’. Repeti três vezes até que ela finalmente se desse conta do que eu dizia e concordasse, levantando-se prontamente, eu atrás dela, em direção a mesa do professor, agora sentado que olhou à duas de suas melhores alunas com espanto. Tendo nossas provas sem nome em mãos, chamou-me assim que eu havia me sentado no meu lugar, apenas pensando ‘por que mais ninguém levantou? Se todos tivessem imitado nosso gesto, não estaríamos em tão maus lençóis’, chamou-me e pediu que eu convocasse a coordenadora Silvana de volta a nossa sala. Arrependi-me na hora de minha tão corajosa atitude e, antes de sair da sala, apenas duas palavras, entre todos aqueles comentários, chegaram aos meus ouvidos: ‘Minha garota’, foi o que a Melissa disse, e fez eu me lembrar porque estava fazendo tudo aquilo.

Com as pernas tremendo e provavelmente com o rosto demasiadamente pálido, rumei à sala da coordenação onde, para minha sorte, apenas a Tati se encontrava. Notando meu visível nervosismo, indagou-me sobre o que estava acontecendo, tentei resistir dizendo apenas que a presença da professora Silvana havia sido solicitada pelo Otávio, mas sendo pressionada, disse resumidamente que não tinha como estudarmos para a prova e eu não a fiz. Recebi um olhar de desaprovação, abaixei a cabeça e me sentei, mas não antes de olhar para a Mell e sorrir.

Conseqüências

Ouvimos muito. O professor devolveu-me minha prova, fez o mesmo com a da Esther, alegando que deveríamos escrever nossos nomes antes de entregá-la. Logicamente não o fizemos até que, na discussão com a sala, ele disse que não precisávamos mais fazer a prova, pois a mesma estava sendo adiada. Senti um alívio da cabeça aos pés, e fui invadida por uma alegria imensa que nem mesmo a atitude do professor, de fazer-se de um pobre coitado que apenas quer ajudar seus alunos e nunca é retribuído, pode estragar. Ele deixou o resto da aula para fazermos um resumo para ajudar-nos a estudar, e eu fui ao fundo da sala, onde fiz meu resumo e conversei com a Nata. Estava evidente que, apesar de termos conseguido o que queríamos, a prova que seria aplicada na semana seguinte estaria impossível. Mesmo assim, tudo aquilo valeu a pena para que todos percebêssemos a força que nossa sala poderia ter, desde que estivesse unida.

Depois de um tempo, recebemos uma visita nem tão agradável. Professora Silvana, que estava atendendo pais, veio a nossa sala, pois queria saber o que estava acontecendo. Essa sim, falou muita coisa. Claro que não me lembro de nada, a não ser algo do tipo: ‘no dia no vestibular vocês vão ter que estudar pra um monte de matérias. Vocês vão querer cancelar o vestibular também?’ ao algo do gênero, realmente não me lembro. Além, é lógico, da mentira de sempre: ‘ninguém quer prejudicar vocês, estamos aqui para ajudar. Por que vocês não falaram com a gente? Nós sempre ouvimos vocês’ Ouvem? Podem até ouvir, mas não consideram nada que é dito pelos alunos na hora de tomar as decisões. Enfim, agora só precisávamos nos preocupar com a prova que seria feita na próxima aula de história.

Substituta

Estudei. É o que posso dizer sobre minha preparação para a prova que faríamos. Resumi toda a matéria e estudei de verdade, mesmo acreditando que meu trabalho não seria recompensado, devido ao grau de dificuldade que eu imaginava para a prova.

Com a prova em mãos me surpreendi, com o pequeno tamanho da prova, com apenas duas questões dissertativas e questões curtas para assinalar. Porém nada se compara ao meu espanto quando notei que a prova estava muito fácil, mas muito fácil mesmo. Fiz tranquilamente toda a prova em vinte minutos e sai da sala pra entregar um recado em algum lugar, não me lembro do que se tratava, mas aproveitei para falar com a Tati e informá-la da grande facilidade encontrada, ao menos por mim, para fazer a prova.

Como informação adicional, digo que tirei 9,5, pois errei uma questão de assinalar apenas e o bom desempenho da sala de um modo geral resultou em uma nova música, dessa vez intitulada ‘Valeu Tatá’.

Moral

Nunca subestime o poder de um grupo de jovens, pois com um ideal em comum e um líder, nada é difícil demais para que não possa ser alcançado.

3 comentários:

  1. mt foda bolinho , se escreve MT MT MT bem! *-* sempre que voce escreve, eu vo ta aqui, pra ler tuuudo e te apoiar ! <3 contiinua assim le ! s2 by lari .

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  2. ouun, valeu xuxub's. te amo muiito s2

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  3. Ameeeeeei Lê OAISHOIAHSD Escreve muito bem, mesmo. *-* DAAAAAAAAAAALE TERCEIRÃO S2

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